segunda-feira, 19 de dezembro de 2016
terça-feira, 1 de novembro de 2016
VIVA SALVADOR!
A BAÍA DE TODOS OS SANTOS FAZ ANIVERSÁRIO HOJE.
E,AGORA ESTÁ ENTRE AS 10 MAIS BELAS BAÍAS DO MUNDO
CADA BAÍA DO MUNDO TEM NOMES DE SANTO,MAS,A NOSSA É DE TODOS OS SANTOS.
A baía de Todos-os-Santos (BTS) é uma reentrância da costa litorânea brasileira localizada no estado da Bahia. É a segunda maior baía do mundo (depois do golfo de Bengala) [carece de fontes] e a maior do Brasil. Sua extensão é de 1.233 km², com profundidade média de 9,8 metros, chegando até 42 metros,[1] com visibilidade de mergulho entre 10 e 20 metros.[2]
Dela originou-se o nome da capitania, província e atual estado brasileiro. A unidade federativa, entretanto, manteve a letra 'h' no substantivo, conforme grafia da língua portuguesa da época.[3] A baía era denominada pelos tupinambás de Kirimurê, cujo significado é "grande mar interior".[4]
Para se ter ideia da dimensão desta baía, ela tem aproximadamente a área do município do Rio de Janeiro, segunda maior metrópole do Brasil.
Foi nominada em 1501 quando uma expedição portuguesa comandada por Gaspar de Lemos e acompanhada por Américo Vespúcio, cartógrafo e escritor italiano, que daria nome a todo o continente americano, foi enviada para mapear as novas terras, descobertas um ano antes por Pedro Álvares Cabral. Era o dia 1º de novembro, Dia de Todos os Santos na tradição da religião católica. Por costume, nomeava-se todos os acidentes geográficos de acordo com os santos dos dias onde os mesmos eram identificados - cabendo à baía, portanto, este nome.
A relevância estratégica do local, associado a existência de colinas e acidentes geográficos à leste (relevo que permitiria o costume medieval de fortificação das cidades), foram decisivos para que Tomé de Sousa mais tarde escolhesse a região para fundar, por ordens do rei de Portugal, a cidade que seria a sede da primeira capital da colônia portuguesa - Salvador.[5]
Berço da civilização colonial lusa nas Américas, a baía de Todos os Santos abrigou no século XVI o maior porto exportador do Hemisfério Sul, de onde eram enviados às metrópoles europeias a prata boliviana e o açúcar brasileiro,[6] sendo o porto de Salvador o que mais recebeu escravos africanos do Novo Mundo.
FONTE:wikipédia
EU MERECI SER BAIANA
ORGULHO DE SER NORDESTINA
VALE A PENA LER DE NOVO
CONVERSA DE VIAJANTE
Sou suspeita, mas,considero Salvador uma das mais belas
cidades do Brasil.Ela é diferente nas suas peculiaridades e tem um cheiro,um
sabor que nenhuma outra tem.
Nossa baía é belíssima e encantou os portugueses desde
quando aqui chegaram.E o azul do seu mar ,o verde das suas matas são de deixar
o turista de boca aberta.”
“Olhe,abra a boca e se fique
Como ficou o cacique
No dia em que frei Henrique
Nossa terra batizou.”
Assim ,mesmo,como reza o poema.
Por isto nunca entendi porque não se aproveita este
marzão para organizar passeios marítimos
pela orla de Salvador e pelo
Recôncavo,com cidades lindas e históricas como Cachoeira e São Félix e lugares
divinos como a Ponta de Nossa Senhora,a Ilha de Itaparica e a Ilha de Maré.
Grandes cidades estão ganhando muito dinheiro explorando
este turismo marítimo.
Passeamos de catamarã em Barcelona,de bateau – mouche em
Paris e fazemos cruzeiros na Noruega. Na Itália,excursões a Capri ,Stromboli
e as gôndolas em Veneza geram recursos
para as cidades.E quem nunca sonhou passear assim em Budapeste,fazer um
cruzeiro no Reno ou em Estocolmo?
Aqui no Mont Serrat ,um dos mais belos locais de Salvador,
foi feito um terminal marítimo muito bonito,com piso em mármore que levaria
baianos e turistas da Cidade Baixa até a Barra,num catamarã seguro e
elegante.Fiquei empolgada quando soube ,mas,deu em nada;a obra nunca terminada
lá está devorada pelo tempo.Dinheiro do contribuinte jogado no lixo.
O Vapor de Cachoeira aonde naveguei muito na minha infância nos bons tempos do
Comandante Dedé,não navega mais no mar faz tempo.E,olha que subir e descer o
Paraguaçú é a glória!Coqueiros,Najé,São Francisco,com seu convento centenário,
o passeio nas ilhas que pessoa não gostaria de passar um dia assim?
O projeto para o turismo náutico na Bahia existe,mas,nunca
saiu do papel.
Temos uma linda marina em Itaparica,temos outra na contorno
e o Iate Club; só falta a visão larga de um governante e a vontade política de
fazer acontecer.
Precisaríamos ter um fácil acesso aos barcos por toda a
cidade no Mont Serrat,na Água dos
Meninos,na Rampa do Mercado,na Barra.
Sem contar que poderíamos fazer turismo o ano todo.
Deus privilegiou demais o Nordeste,dando-lhe belas praias e
uma natureza exuberante.Só nos faltam governantes.
IMPERDÍVEL
IMPERDÍVEL
QUANDO: DIAS 3 E 4/11/16
ONDE:GABINETE PORTUGUÊS DE LEITURA
INSCRIÇÕES:seminariolitur@outlook.com
ONDE:GABINETE PORTUGUÊS DE LEITURA
INSCRIÇÕES:seminariolitur@outlook.com
sexta-feira, 28 de outubro de 2016
BAHIA DE TODAS AS FESTAS
VOCÊ JÁ FOI Á BAHIA? NÃO? ENTÃO ,VÁ!
BAHIA DE TODAS AS FESTAS
Dizem as más línguas que
baiano quando não está numa festa está preparando alguma.
E, em Dezembro,então,nos
superamos.
Começa com o 2 de dezembro
que é o dia do samba,festejado aqui com muito batuque e samba no pé.
Tia Ciata, cujo nome de
batismo era Hilária,
unanimemente considerada
a criadora do samba, nasceu na
Bahia,embora tivesse se mudado para o Rio e lá ,como boa “feita” no
Candomblé,impôs esse ritmo quente e negro aos cariocas.
No dia 4 de dezembro é a
festa de Iansã, Santa Bárbara para os católicos, e os tambores começam a tocar
desde a madrugada,festejando a santa.Faz-se um caruru de mais de mil quiabos no
Mercado do Ouro em homenagem aquela que comanda os ventos e a força dos
elementos na ponta do seu florim,como canta a música.
Como não tem homem que
enfrente a guerreira mais valente,ninguém é louco de faltar com essa
reverência,inclusive eu,que nasci dia 2 e
a tenho como santa da minha
cabeça segundo Mãe Menininha do Gantois.
No dia 8 é a festa da Conceição
da Praia, festejadíssima na zona do Comércio,com barracas,fogos e muito samba.
Uma linda procissão sai a
tarde seguida por fiéis contritos
contrastando com o tumulto á sua volta.
Salvador de todos os
santos e santas não poderia se esquecer
de Santa Luzia, Oxum-Apará,dia 13,aquela que cuida da nossa visão,livrando-nos
da cegueira.
Mais procissão, mais
ritos,mais barulho.
No dia 24, enfim,o Natal.
Lembro-me dos natais da
minha infância, sem shoppings nem
consumo exagerado,onde as famílias se reuniam em volta do presépio para adorar
o Menino.
Cada casa fazia o seu e
todos caprichavam para ter o melhor,mais
enfeitado e mais bonito.
Havia também o enorme presépio das igrejas e conventos, com um belo
menino rosado e rechonchudinho,sendo
adorado por pastores em tamanho natural,animais da estrebaria e reis magos de
rosto severo e mãos atulhadas de presentes.
O menino era tão fofinho e
tinha um ar tão risonho que era impossível não se apaixonar por ele.
À noite, as ceias
pantagruélicas nas casas de família,o majestoso peru,o leitãozinho com o
focinho enfeitado de tomates e ovos cozidos,a macarronada olorosa e o champanhe
delicioso,trazendo alegria ao estourar, convocando todos á felicidade.
As crianças com seus
sapatinhos aos pés da cama esperando Papai Noel que nunca faltava,exatamente á
meia noite,trazendo tudo que se encomendou,pois,o bom velhinho tem boa memória
e não se esquece de ninguém.
Eu adorava as mesas de
Natal com suas alvíssimas toalhas de
renda ou rechelieu,os cristais transparentes refletindo a luz colorida vinda da
enorme árvore de Natal no canto da sala.
Saía toda a prataria e
porcelanas guardadas o ano todo no enorme etagére da sala de jantar.
Muita luz,muito
brilho,muitas flores um ritual de pura beleza.
Eu mudei,o Natal
mudou,hoje transformado em festa ao Deus Consumo,raramente se vê
famílias reunidas em torno da mesa,cheia de
pratos de plástico ou papelão.
As pessoas trocaram seus
belos trajes pelo jeans descontraído e o champanhe pelo pro seco ou pela cidra.
Os pães,bolos e o peru da
ceia,quando os há, são comprados pronto,falta o elemento amor,que antes
temperava todos os quitutes imprimindo-lhes mais sabor.
Passado o Natal vem a
festa de Ano Novo,chamada de réveillon,assim mesmo á francesa,pois as famílias
saem para comemorar nos hotéis ou em festas populares,com muito axé e muita
cerveja.
Confesso que declino de
qualquer convite para passar fora de casa a meia noite do dia 31.
Quero arrumar minha mesa á
antiga,abrir um autêntico champanhe francês,incensar minha casa e fazer a simpatia das uvas que repito há
muitos anos.
Lembrando de minha mãe
faço uma oração de agradecimento pelas conquistas do ano findo e peço
graças e boas energias para o novo ano
que virá.
Na ceia,nunca o
peru,pois,bichos que ciscam para trás,trazem dinheiro curto.Um bom assado de
porco ou uma mesa á baiana com vatapá,caruru,efó,frigideira de camarão ou
bacalhau vai muito bem.
Como sobremesa “Bûche de
Nöel,cuja receita,ano passado coloquei no blog e pretendo repeti-la esse ano.
Luz,mais luz,dizia
Goethe.Ilumino o terraço,uso as pequeninas árvores como árvore de Natal,com
luzes e enfeites.
E,cumpridos os
rituais,esperemos um ano mais feliz.
BAHIA DE TODAS AS FESTAS
VOCÊ JÁ FOI Á BAHIA? NÃO? ENTÃO ,VÁ!
BAHIA DE TODAS AS FESTAS
Dizem as más línguas que
baiano quando não está numa festa está preparando alguma.
E, em Dezembro,então,nos
superamos.
Começa com o 2 de dezembro
que é o dia do samba,festejado aqui com muito batuque e samba no pé.
Tia Ciata, cujo nome de
batismo era Hilária,
unanimemente considerada
a criadora do samba, nasceu na
Bahia,embora tivesse se mudado para o Rio e lá ,como boa “feita” no
Candomblé,impôs esse ritmo quente e negro aos cariocas.
No dia 4 de dezembro é a
festa de Iansã, Santa Bárbara para os católicos, e os tambores começam a tocar
desde a madrugada,festejando a santa.Faz-se um caruru de mais de mil quiabos no
Mercado do Ouro em homenagem aquela que comanda os ventos e a força dos
elementos na ponta do seu florim,como canta a música.
Como não tem homem que
enfrente a guerreira mais valente,ninguém é louco de faltar com essa
reverência,inclusive eu,que nasci dia 2 e
a tenho como santa da minha
cabeça segundo Mãe Menininha do Gantois.
No dia 8 é a festa da Conceição
da Praia, festejadíssima na zona do Comércio,com barracas,fogos e muito samba.
Uma linda procissão sai a
tarde seguida por fiéis contritos
contrastando com o tumulto á sua volta.
Salvador de todos os
santos e santas não poderia se esquecer
de Santa Luzia, Oxum-Apará,dia 13,aquela que cuida da nossa visão,livrando-nos
da cegueira.
Mais procissão, mais
ritos,mais barulho.
No dia 24, enfim,o Natal.
Lembro-me dos natais da
minha infância, sem shoppings nem
consumo exagerado,onde as famílias se reuniam em volta do presépio para adorar
o Menino.
Cada casa fazia o seu e
todos caprichavam para ter o melhor,mais
enfeitado e mais bonito.
Havia também o enorme presépio das igrejas e conventos, com um belo
menino rosado e rechonchudinho,sendo
adorado por pastores em tamanho natural,animais da estrebaria e reis magos de
rosto severo e mãos atulhadas de presentes.
O menino era tão fofinho e
tinha um ar tão risonho que era impossível não se apaixonar por ele.
À noite, as ceias
pantagruélicas nas casas de família,o majestoso peru,o leitãozinho com o
focinho enfeitado de tomates e ovos cozidos,a macarronada olorosa e o champanhe
delicioso,trazendo alegria ao estourar, convocando todos á felicidade.
As crianças com seus
sapatinhos aos pés da cama esperando Papai Noel que nunca faltava,exatamente á
meia noite,trazendo tudo que se encomendou,pois,o bom velhinho tem boa memória
e não se esquece de ninguém.
Eu adorava as mesas de
Natal com suas alvíssimas toalhas de
renda ou rechelieu,os cristais transparentes refletindo a luz colorida vinda da
enorme árvore de Natal no canto da sala.
Saía toda a prataria e
porcelanas guardadas o ano todo no enorme etagére da sala de jantar.
Muita luz,muito
brilho,muitas flores um ritual de pura beleza.
Eu mudei,o Natal
mudou,hoje transformado em festa ao Deus Consumo,raramente se vê
famílias reunidas em torno da mesa,cheia de
pratos de plástico ou papelão.
As pessoas trocaram seus
belos trajes pelo jeans descontraído e o champanhe pelo pro seco ou pela cidra.
Os pães,bolos e o peru da
ceia,quando os há, são comprados pronto,falta o elemento amor,que antes
temperava todos os quitutes imprimindo-lhes mais sabor.
Passado o Natal vem a
festa de Ano Novo,chamada de réveillon,assim mesmo á francesa,pois as famílias
saem para comemorar nos hotéis ou em festas populares,com muito axé e muita
cerveja.
Confesso que declino de
qualquer convite para passar fora de casa a meia noite do dia 31.
Quero arrumar minha mesa á
antiga,abrir um autêntico champanhe francês,incensar minha casa e fazer a simpatia das uvas que repito há
muitos anos.
Lembrando de minha mãe
faço uma oração de agradecimento pelas conquistas do ano findo e peço
graças e boas energias para o novo ano
que virá.
Na ceia,nunca o
peru,pois,bichos que ciscam para trás,trazem dinheiro curto.Um bom assado de
porco ou uma mesa á baiana com vatapá,caruru,efó,frigideira de camarão ou
bacalhau vai muito bem.
Como sobremesa “Bûche de
Nöel,cuja receita,ano passado coloquei no blog e pretendo repeti-la esse ano.
Luz,mais luz,dizia
Goethe.Ilumino o terraço,uso as pequeninas árvores como árvore de Natal,com
luzes e enfeites.
E,cumpridos os
rituais,esperemos um ano mais feliz.
segunda-feira, 12 de setembro de 2016
O PERFUME DO ALECRIM
O BLOG DA TERRA DA FELICIDADE
O PERFUME DO ALECRIM
Também chamado rosmarinus officinalis o alecrim ,também conhecido em Portugal como
rosmaninho é uma planta típica do mediterrâneo e conhecida destes tempos
imemoriais pelo seu perfume e qualidades medicinais.Seu óleo especial é
curativo ,mas,deve ser usado com moderação ,principalmente ,por gestantes.
Como diz o versinho popular de Vila Nova de Gaia(Portugal) :
“Quem pelo alecrim passou
E não cheirou,
Se mal estava
Pior ficou.”
Suas qualidades curativas
presentes na infusão de folhas é calmante,diurética,revitalizante e baixa a pressão.
Para uso externo é excelente contra o reumatismo e como proteção nos livra do mau olhado e
atenua a inveja.
O aroma do alecrim queimado faz correr os raios,a planta REM
poder contra os feitiços e cinco folhinhas afugentam as bruxas.
Na maioria das casas é usada como defumação e benzeduras; trás
boa sorte para os bebês quando perfuma
as roupinhas ,apressa os partos e protege os moribundos dos seres malévolos.
Na Idade Média quem incensava sua casa na primeira sexta – feira
de Agosto, com uma mistura de alecrim ,eucalipto e pinheiro se livrava da peste.
Quando uma pessoa está para fazer a passagem ,molha-se o alecrim na água benta,asperge-se
e reza:
“Eu te desconjuro
Diabo mau
Com água benta e alecrim
Vai pra onde não faças mal.”
Em Setúbal,durante o São João, pulava-se a fogueira ao mesmo
tempo em que se jogava cinco réis dentro dela ,dizendo:
“Alecrim sagrado
Foste nascido sem ser semeado
Assim como Nossa Senhora entrou em Belém
Dessa gente saia todo o mal e entre o Bem.”
Ditados populares:
“Quem pelo alecrim passou e um raminho não cortou do seu amor se
não lembrou.”
Fonte: “Amuletos”,livro do escritor e pesquisador português
Manoel Gandra.
PRECEITOS ALIMENTARES DOS TERREIROS DA BAHIA
Quem come na panela
terá chuva no dia do casamento.
Não se come carne
fresca em casa de defunto fresco.
Um pedaço de cortiça ou
três grãos de milho dentro da panela amolecem qualquer carne.
Comer
banana mabaça faz ter filhos gêmeos.
O MELHOR LIVRO SOBRE A BAHIA
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terça-feira, 22 de março de 2016
TISUNAMI NA BAHIA
A BAHIA DE OUTRORA
O BLOG DE MARÇO/16
VOCÊ SABIA? TSUNAMI NA BAHIA
NÃO SAIA CORRENDO
FOI NOS IDOS DE 1800
Cito o relato de um descendente de um senhor de engenho
sobre uma onda gigante ,um maremoto ou tsunami na Bahia em Abril
de 1831,um fato pouco comentado e desconhecido por muitos baianos.O
terror alcançou a Capital e boa parte do recôncavo, levando tudo,varrendo tudo,destruindo engenhos
poderosos,casas,fazendas e plantações,e,conta-se que até a Igreja da Boa Viagem
não escapou da fúria sendo totalmente
levada pelas águas e depois reconstruída um pouco mais acima,onde se encontra até hoje.
A noite foi serena –conta-me o
rapaz - mas, seu antepassado passou uma noite inquieta,mal dormido,como
se pressentisse alguma coisa.De madrugada houve um leve tremor, mas,nada de
assustar.As cortinas da alcova balançaram ,os cavalos de raça relincharam,os
cães latiram e os bois pareciam muito inquietos.
Então,de longe se ouviu um
grande barulho seguidos de galopes desesperados,gritos dantescos e baque de corpos pesados e estrondos
aterradores no meio de um intenso
clamor.
Pulando da
cama o Senhor do Engenho viu do janelão do seu quarto cenas apocalípticas.No
pátio inundado flutuavam cascos de
barcos partidos ao meio,mastros quebrados,velas rotas,pedras,telhas e no meio
de tudo isto um escravo com água até o peito gritava desesperadamente por
socorro.
Percebeu edifícios
desmoronados ,fornalhas destruídas e a enfermaria e o estaleiro desaparecidos como se fosse
mágica de uma bruxa má.
Ruiu uma senzala,mas,as
outras,resistiram.
Pessoas olhavam
estupidificadas e sem voz o tamanho da tragédia.O dono deu um passo para
sair,mas,houve um violento refluxo que quase o levou.Assustado,voltou para o
quarto.
A onda,desembestada se
dirigia para a Ilha de Maré,levantando gêiseres com a areia,levando tudo o que
seu achasse no seu caminho.
Ao criar coragem para sair o
dono chorou ao ver a devastação.Nada – ou quase nada –restava do poderoso
engenho.Até as fundações das casas foram levadas para o mar.
Chegou até lá notícias da
Capital.Uma grande onda destruiu a partir do Forte de Santo Antonio da Barra em
direção á Ilha de Itaparica,logo depois que um tremor de terra se fez ouvir.A
igrejinha do Monte Serrat construída por uma
descendente de Garcia D’Ávila foi poupada,mas, a de São Tomé de Paripe
foi danificada.
Os prejuízos materiais foram
intensos e muitos dos engenhos nunca mais se recuperaram.A conta fechou em
centenas de mortos e milhares de cadáveres de animais.
A FUNDAÇÃO DA CIDADE DO SALVADOR
29 DE MARÇO DE 1549*
SALVADOR,477 ANOS DE PURA MAGIA
Para a fundação da cidade do Salvador ,em 1549,D.
João III armou uma expedição muito especial.Estava tudo preparado para a criação de um Governo
Geral no Brasil.E,Salvador foi a cidade escolhida.
Esta árdua tarefa foi entregue a um cavalheiro
de nobre estirpe,embora um bastardo,muito protegido pelos palacianos e estimado
por seu valor e prudência.Assim,escolhido e nomeado foi Tomé de Souza
contratado por um salário de 400$000.Nada mal para o capitão – mor que comandava seis navios e
uma enorme máquina administrativa;um provedor – mor para os negócios da
fazenda, um ouvidor -mor para as coisas da justiça,um capitão – mor da costa
para as guerras no mar,um físico – mor para tratar da saúde e mais uma malta de
oficiais subalternos ,muitos aventureiros sem saber bem o que vinham fazer se é
que pretendiam fazer alguma coisa.Resumo da conta:400 soldados,600 degredados e
320 oficiais mecânicos e administrativos.
Começava-se ai a distribuição de empregos entre
os apaniguados que perdura até hoje nas terras de Santa Cruz.Nascia a
burocracia brasileira.
Mas,toda essa gente guerreira e fogosa no meio
do nada e com tantas índias bonitinhas com suas vergonhas á mostra havia que se cuidar das almas desta
gente e ,para isso,vieram os jesuítas –
quatro padres e dois irmãos –O honrado Manoel da Nóbrega,o jovem Aspilcueta
Navarro,Leonardo Nunes,Antonio Pires ,todos ostentando bons nomes portugueses e
mais os irmãos Diogo Jácome e Vicente Rodrigues.
No meio de toda esta gente,mas,sem ser citado
,veio um garoto,pequeno,quase anão,cavalariço na casa de Tomé de Souza e tratado
como um filho pela mulher dele ,por sua fidelidade e dedicação á família.O anão
sem nome chamava-se Garcia D’Ávila e seu
nome passou a ser uma referência na história do Nordeste.Muitos apostam que ele
era filho de Tomé de Souza,mas,nunca se revelou assim para não perder as
sesmarias ,pois ,era vedado ao governador distribuir terras aos seus
descendentes.
A expedição saiu dia 1º de fevereiro e aqui
chegou a 29 de março.O governador tinha
suas ordens e haveria de cumpri-las á risca.Os selvagens tinham que ser bem
tratados,era proibido escravizá-los,punindo de morte os colonos que assim
procedessem.Como deveriam ser distribuídas as sesmarias , (lotes de terra incultas ou abandonadas
,cedidas aos colonos que queriam lavrar) a fortificação dos engenhos e a
promoção de feiras de tempos em tempos.
Mal chegaram começaram a trabalhar com determinação ,escolheram o local entre a península de
Itapagipe e a Vila Velha, para fundar a
cidade. O Governador apaixonou-se por Itapagipe ,principalmente a Ribeira ,mas,o arquiteto Luis
Dias vetou o local,muito inseguro ,vul. Optou-se,então
pela parte alta da cidade onde se descortinava todo o horizonte e se estaria a
salvo de ataques e destruições.
.Construíram uma cerca de mato
que se estendia da igreja da Ajuda até a vala em frente ao Terreiro. Para
descer á Praia,parte baixa da cidade foram abertas duas ladeiras na encosta da
cidade:Pau da Bandeira e Misericórdia.
Em pouco tempo já havia mais de cem casas.A
sesmaria que mais crescia era a de Garcia D’Ávila,que ficou dono de quase toda
a Bahia,de Salvador ao Maranhão. Seus descendentes eram donos dos maiores
engenhos do Recôncavo.
DESCENDENTES DE GARCIA D'ÁVILA QUE PERTENCIAM Á NOBREZA COLONIAL BAIANA
- Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque, agraciado com o título de Visconde de Pirajá;
- Francisco Elesbão Pires de Carvalho e Albuquerque, agraciado com o título de Barão de Jaguaripe; e
- Antônio Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque, agraciado com o título de Visconde da Torre de Garcia d'Ávila.
Com os seus recursos exauridos após a Guerra e a extinção dos morgadios no Brasil a partir de 1835, a Casa da Torre foi progressivamente abandonada, transformando-se em ruínas.
fRANCISCO ELESBÃO PIRES DE CARVALHO E ALBUQUERQUE
O castelo de garcia D'Ávila ,hoje restaurado e aberto á visitação pública
*DATA FICTÍCIA.Como não se sabe a data exata optou-se pela data da chegada do 1º governador.
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